fio de prumo

Março 25 2012


Há pessoas que nos marcam para sempre, apesar de não pertenceram ao universo daqueles com quem privamos com frequência. É o caso de Tabucchi cuja morte, hoje, em Lisboa, me abalou.
Os seus livros acompanham-me há anos e são dos que, volta não volta, ficam uns tempos na minha cabeceira. O seu amor por Portugal enternecia-me imenso e provava à saciedade que se pode nascer num país e morrer noutro que se escolheu com o coração para ser também o nosso.
Por isso, quer a Itália quer Portugal ficaram mais pobres. Eu, pessoalmente, perdi alguém de quem gostava muito e que foi, muitas vezes, o companheiro de algumas das minhas dores. É o privilégio daqueles que lêem os grandes escritores!
HSC
publicado por Helena Sacadura Cabral às 17:15

Março 22 2012

 



Quem olhar para esta greve geral e ouvir o actual Secretário Geral da CGTP dizer, no horário nobre televisivo, que «é preciso fazer tantas greves gerais quantas forem necessárias até derrubar o Governo. (...) É preciso que este governo tenha que morrer.», tem perfeita consciência de que o seu tormento é a sombra de Carvalho da Silva, que ele não consegue fazer desaparecer
Felizmente muito poucos portugueses, grevistas ou não, se revêm nesta linguagem bélica de alguém que se diz representante "da classe operária e restantes trabalhadores" e não aceita, mas aproveita, os mecanismos da democracia representativa.
No nosso sistema democrático, há adversários políticos e não inimigos. A referência feita por Arménio Carlosà "morte", é um símbolo prenhe de ódio, desnecessário e profundamente lamentável.
HSC
publicado por Helena Sacadura Cabral às 14:53

Março 20 2012

 

Numa entrevista conjunta com o antigo primeiro-ministro britânico Tony Blair, que se mostrou incomodado mas não fez comentários, a Presidente da Libéria e Nobel da Paz Ellen Johnson Sirleaf defendeu uma lei que criminaliza a homossexualidade. “Gostamos de nós da maneira como somos”, disse.

E eu, confesso, mesmo tendo em atenção os costumes e tradições do país, sinto-me muito desconfortável com a ideia de que uma mulher nobelizada possa fazer tal afirmação. Aqui está um caso em que mais valia estar calada!

 

HSC

publicado por Helena Sacadura Cabral às 16:20

Março 17 2012

 

 

“Da Lusoponte às incompatibilidades, aos favorecimentos, às privatizações, a todos os negócios, o povo perde sempre”, disse Francico Louçã.

Mas será que Francisco Louçã, primo do Ministro das Finanças, Vitor Gaspar, é povo?!

publicado por Helena Sacadura Cabral às 20:21

Março 15 2012
publicado por Helena Sacadura Cabral às 18:32

Março 15 2012

 

O coronel Otelo Saraiva de Carvalho afirmou ontem em Coimbra, que só as Forças Armadas, em nome do povo, poderão resolver o problema da perda de soberania de Portugal "como a que actualmente se verifica" derrubando o governo.

Para Otelo Saraiva de Carvalho essa actuação das Forças Armadas passaria por “uma operação militar que derrube o Governo que está” em funções. E, isto “mesmo apesar de eu saber que o Governo foi eleito.
Mas foi eleito em que condições? E actualmente há satisfação dos portugueses em relação ao poder que foi eleito? E se houver outras eleições haverá satisfação? Não!”, respondeu aquele que foi um dos protagonistas da revolução de 25 de Abril de 1974.
No seu entendimento, “quando há perda de soberania, perda de independência nacional, as Forças Armadas têm de actuar”.
Ficamos esclarecidos. A Otelo a reforma não lhe assenta. Precisa de acção. E, pelos vistos de algum tratamento específico.
Ele sai-nos com cada herói...

HSC
publicado por Helena Sacadura Cabral às 16:32

Março 14 2012

 

A propósito da saída do Secretário de Estado da Energia, o Partido Socialista afirmou que a "demissão é descoordenação do ministro da Economia". A frase, de facto, tipifica bem uma "oposição fundida", como diz Ferreira Fernandes na sua crónica de hoje. Haja paciência para estas escuridões!

 

HSC

publicado por Helena Sacadura Cabral às 14:50

Março 08 2012

 

 

 

Não posso deixar de me perguntar o que se deve chamar a uma empresa que recebe em Agosto a mesma importância em duplicado e a não devolve de imediato.

Antes, em anos anteriores, como naquele mês não se pagavam portagens, a Lusoponte recebia uma compensação paga pelo governo.

Este ano os passageiros perderam o citado benefício e pagaram portagens. Logo, não haveria lugar a qualquer compensação. Mas, por um qualquer erro dos serviços, o pagamento foi realizado e a empresa aceitou-o sem hesitar.

O que é que se chama a tal comportamento?!

 

HSC


PS. Acabo de ouvir na Sic Notícias a explicação dada por Morais Sarmento sobre o assunto. Não fiquei mais esclarecida.

A diferença é que foram as Estradas de Portugal quem recebeu e que até ser finalizado um novo acordo há que continuar a pagar.
Continuo a não perceber a razão de um pagamento antecipado, ou por outras palavras, porque é que há uns que a lei protege e outros que a lei penaliza, sobretudo num quadro de crise, como aquele que vivemos.
publicado por Helena Sacadura Cabral às 20:39

Março 07 2012

Confesso que não aprecio ter um dia dedicado ao meu género. Mas não deixo de compreender o que devo a todas aquelas que nele estão simbolizadas.
Enquanto necessitarmos dele - e ainda necessitamos -, pois que não esqueçamos a história que lhe está ligada, nem o nome daquelas a quem o devemos.
Fui uma privilegiada por ter podido ter uma bolsa e tirado um curso superior. Fui privilegiada por ter tido a capacidade de me ter tornado a sua melhor aluna. Fui privilegiada por ter tido quem me oferecesse trabalho antes de o ter terminado. Fui e sou uma privilegiada por continuar a ter trabalho, ter saúde e ser independente.
Mas paguei todos estes privilégios duramente, trabalhando em dois empregos das 7h da manhã à meia noite, ajudando o Pai dos meus filhos a fazer um doutoramento que eu tive de postergar para mais tarde e dando aos meus filhos tudo o que de melhor lhes podia oferecer no domínio da educação e da cultura. Ambos corresponderam e até nisso fui privilegiada.
Por tudo isto o dia de amanhã dedico-o a todas aquelas que não puderam, não souberam ou não tiveram as minhas chances. O dia é delas e para elas!
HSC
publicado por Helena Sacadura Cabral às 23:20

Março 07 2012

 

Os portugueses adoram "estórias" de quezílias, muito em particular se elas forem vividas por políticos. Então, em tempo de crise e com os ânimos acesos, melhor ainda.

Vem isto a propósito das pastas das Finanças e da Economia. Desde o início das suas nomeações que Vítor da primeira e Álvaro da segunda, estiveram na berlinda. Sobretudo, porque não são políticos. São, essencialmente, técnicos nas respectivas áreas. A um, criticava-se vir do Canadá. A outro, vir de Bruxelas.
De facto, no momento de crise que vivemos, eu prefiro quem saiba da "poda" a quem saiba dos jogos palacianos partidários.
Só que nem Alvaro Santos Pereira é um ministro da economia, nem Vitor Gaspar é um ministro das finanças. O primeiro tem áreas a mais, para se poder dedicar ao essencial, que é um programa de desenvolvimento. O segundo tem o poder de um vice PM, porque comanda todos os ministérios.
Pelo que conheço de ambos, a coisa vai manter-se em banho maria, porque a saída de Santos Pereira, muito possivelmente, iria fazer desaparecer o seu ministério. O que acarretaria custos diversos e não pequenos.
Por tudo isto, o melhor é que nos concentremos no que deve ser feito e não na telenovela do QREN. Quer um quer outro estão lá para fazer o seu melhor e não para alimentar tablóides.
Como diria Cavaco Silva "deixem-nos (a eles)trabalhar". Parece-me bem!
HSC
publicado por Helena Sacadura Cabral às 15:59

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