fio de prumo

Março 05 2012

 


"Dilma chora ao pedir desculpa a ministro que demitiu duas vezes"

Trata-se de Luis Sérgio, que começou no governo Rousseff, no Ministério das Relações Institucionais, de onde quase sem aviso foi retirado, no ano passado, sendo substituído pela senadora Ideli Salvatt, amiga de Lula, como prémio de consolação por não ter conseguido ser eleita para o Senado.
O afastado, também à laia de prémio de consolação, foi colocado no Ministério das Pescas, que não tem grande importância no cenário político brasileiro e onde ficaria apenas alguns meses, para ser de novo demitido, para acomodar no governo Marcelo Crivela, bispo da Igreja Universal do Reino de Deus e sobrinho do líder máximo da seita, Edir Macedo. Consta que terá sido colocado no seu lugar para tentar conter a irritação dos evangélicos contra vários ministros do governo de Dilma que se haviam manifestado favoráveis ao aborto e ao casamento homossexual. Mas agora, o ex-ministro foi apanhado mesmo de surpresa pela demissão, já que se encontrava de férias.
Dilma, ao presidir à cerimónia da tomada de posse de Crivela, pediu desculpa ao amigo, militante de muitos anos do Partido dos Trabalhadores, e não conteve as lágrimas nem conseguiu evitar a voz embargada ao falar sobre o aliado que demitiu duas vezes.
Convenhamos que com amigos destes é melhor ter inimigos. Mesmo que não chorem...
HSC
publicado por Helena Sacadura Cabral às 15:26

Março 05 2012

 

 

Ultimamente tenho passado, por razões de natureza profissional e até familiares, um período agitado. Há alturas em que quando cai uma telha, parece que o telhado se desfaz. Dois livros para sair - um dentro de três meses e outro no fim do ano -, acabaram por se juntar a incidentes de saúde da minha cunhada mais velha e inclusive meus que, por norma, estico a corda julgando que tenho vinte anos...

Mas hoje deixei-me de fantasias laborais, deixei as biografias na paz do Senhor e enfiei-me no cinema, não sem antes me ter atirado a um belo cozido à portuguesa que ainda está "a falar" comigo.Paciência, o tempo das elegâncias já passou - nunca fui dada a sacrifícios gastronómicos em prole da estética e sempre fui um bom garfo - e, pelo menos, tenho uma pele de seda e poucas rugas...

Tudo isto para dizer que fui ver o Scorsese e o seu Hugo. É um belo filme. Mas eu tive o azar de o ver numa sala pejada de adolescentes mal educados, que fizeram um barulho insuportável, perante a indiferença de quem deveria tomar conta da sala de espectáculos. Mas isso, claro, seria próprio de um tempo em que havia autoridade e respeito por quem quer ver um filme em sossego e pagou por isso. A democracia entre nós é o domínio das minorias. Como conceito é bastante original.

 

À saída reclamei na bilheteira e o rapaz - pouco mais do que adolescente, ele também -, disse-me que a sua obrigação era apenas abrir e fechar as salas...Portanto tudo o que se passe dentro das mesmas, inclusive violência, não lhe diz respeito. Não sei, então a quem competirá!

O filme a 3D - que não aprecio -, não é para crianças, embora possa ser vista por elas. Trata-se de uma história bem contada, mas não é uma obra prima, embora tenha dominado, na corrida aos Oscares, as categorias técnicas da melhor fotografia, melhor direcção artística, melhor sonoplastia, melhores efeitos visuais e melhores efeitos sonoros.

Gostei, ma non tropo. É que de Martin Scorsese já vi, sem dúvida, melhor.

 

HSC

publicado por Helena Sacadura Cabral às 15:22

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