fio de prumo

Março 07 2012

Confesso que não aprecio ter um dia dedicado ao meu género. Mas não deixo de compreender o que devo a todas aquelas que nele estão simbolizadas.
Enquanto necessitarmos dele - e ainda necessitamos -, pois que não esqueçamos a história que lhe está ligada, nem o nome daquelas a quem o devemos.
Fui uma privilegiada por ter podido ter uma bolsa e tirado um curso superior. Fui privilegiada por ter tido a capacidade de me ter tornado a sua melhor aluna. Fui privilegiada por ter tido quem me oferecesse trabalho antes de o ter terminado. Fui e sou uma privilegiada por continuar a ter trabalho, ter saúde e ser independente.
Mas paguei todos estes privilégios duramente, trabalhando em dois empregos das 7h da manhã à meia noite, ajudando o Pai dos meus filhos a fazer um doutoramento que eu tive de postergar para mais tarde e dando aos meus filhos tudo o que de melhor lhes podia oferecer no domínio da educação e da cultura. Ambos corresponderam e até nisso fui privilegiada.
Por tudo isto o dia de amanhã dedico-o a todas aquelas que não puderam, não souberam ou não tiveram as minhas chances. O dia é delas e para elas!
HSC
publicado por Helena Sacadura Cabral às 23:20

Março 07 2012

 

Os portugueses adoram "estórias" de quezílias, muito em particular se elas forem vividas por políticos. Então, em tempo de crise e com os ânimos acesos, melhor ainda.

Vem isto a propósito das pastas das Finanças e da Economia. Desde o início das suas nomeações que Vítor da primeira e Álvaro da segunda, estiveram na berlinda. Sobretudo, porque não são políticos. São, essencialmente, técnicos nas respectivas áreas. A um, criticava-se vir do Canadá. A outro, vir de Bruxelas.
De facto, no momento de crise que vivemos, eu prefiro quem saiba da "poda" a quem saiba dos jogos palacianos partidários.
Só que nem Alvaro Santos Pereira é um ministro da economia, nem Vitor Gaspar é um ministro das finanças. O primeiro tem áreas a mais, para se poder dedicar ao essencial, que é um programa de desenvolvimento. O segundo tem o poder de um vice PM, porque comanda todos os ministérios.
Pelo que conheço de ambos, a coisa vai manter-se em banho maria, porque a saída de Santos Pereira, muito possivelmente, iria fazer desaparecer o seu ministério. O que acarretaria custos diversos e não pequenos.
Por tudo isto, o melhor é que nos concentremos no que deve ser feito e não na telenovela do QREN. Quer um quer outro estão lá para fazer o seu melhor e não para alimentar tablóides.
Como diria Cavaco Silva "deixem-nos (a eles)trabalhar". Parece-me bem!
HSC
publicado por Helena Sacadura Cabral às 15:59

mais sobre mim
Março 2012
Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab

1
2
3

4
5
6
7
8
9
10

11
12
13
16

18
19
21
23
24

26
27
28
29
30
31


pesquisar
 
subscrever feeds
blogs SAPO