Os portugueses adoram "estórias" de quezílias, muito em particular se elas forem vividas por políticos. Então, em tempo de crise e com os ânimos acesos, melhor ainda.
Vem isto a propósito das pastas das Finanças e da Economia. Desde o início das suas nomeações que Vítor da primeira e Álvaro da segunda, estiveram na berlinda. Sobretudo, porque não são políticos. São, essencialmente, técnicos nas respectivas áreas. A um, criticava-se vir do Canadá. A outro, vir de Bruxelas.
De facto, no momento de crise que vivemos, eu prefiro quem saiba da "poda" a quem saiba dos jogos palacianos partidários.
Só que nem Alvaro Santos Pereira é um ministro da economia, nem Vitor Gaspar é um ministro das finanças. O primeiro tem áreas a mais, para se poder dedicar ao essencial, que é um programa de desenvolvimento. O segundo tem o poder de um vice PM, porque comanda todos os ministérios.
Pelo que conheço de ambos, a coisa vai manter-se em banho maria, porque a saída de Santos Pereira, muito possivelmente, iria fazer desaparecer o seu ministério. O que acarretaria custos diversos e não pequenos.
Por tudo isto, o melhor é que nos concentremos no que deve ser feito e não na telenovela do QREN. Quer um quer outro estão lá para fazer o seu melhor e não para alimentar tablóides.
Como diria Cavaco Silva "deixem-nos (a eles)trabalhar". Parece-me bem!
HSC