
Há pessoas que nos marcam para sempre, apesar de não pertenceram ao universo daqueles com quem privamos com frequência. É o caso de Tabucchi cuja morte, hoje, em Lisboa, me abalou.
Os seus livros acompanham-me há anos e são dos que, volta não volta, ficam uns tempos na minha cabeceira. O seu amor por Portugal enternecia-me imenso e provava à saciedade que se pode nascer num país e morrer noutro que se escolheu com o coração para ser também o nosso.
Por isso, quer a Itália quer Portugal ficaram mais pobres. Eu, pessoalmente, perdi alguém de quem gostava muito e que foi, muitas vezes, o companheiro de algumas das minhas dores. É o privilégio daqueles que lêem os grandes escritores!
HSC